Bateristas Lendários: A Vida e Carreira de John Bonham, Neil Peart e Keith Moon

Editorial equipe Kovver.

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A história da música está repleta de bateristas talentosos que ajudaram a moldar e definir diferentes estilos e gêneros. Nesta matéria, vamos mergulhar na vida e carreira de três bateristas icônicos – John Bonham, Neil Peart e Keith Moon – e entender como eles deixaram um legado duradouro na música mundial.

John Bonham – Led Zeppelin

John Henry Bonham, nascido em 31 de maio de 1948, em Redditch, Inglaterra, é frequentemente considerado um dos maiores bateristas da história do rock. Conhecido por seu estilo de bateria poderoso e enérgico, Bonham foi membro fundador e baterista da lendária banda Led Zeppelin.

Bonham começou a tocar bateria muito jovem e teve sua primeira bateria aos 15 anos. Antes de se tornar parte do Led Zeppelin, John Bonham passou por várias bandas locais, como o Blue Star Trio e o Crawling King Snakes. Durante esse período, ele aperfeiçoou suas habilidades como baterista, sendo reconhecido por sua força e precisão. A formação do Led Zeppelin, em 1968, juntamente com Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones, foi um marco em sua carreira. A banda rapidamente se tornou uma das maiores da história do rock, com álbuns icônicos como “Led Zeppelin II”, “IV” e “Physical Graffiti”.

Ao longo de sua carreira, Bonham contribuiu com algumas das mais memoráveis performances na bateria, como “Moby Dick”, “When the Levee Breaks” e “Kashmir”. Ele também era conhecido por suas solos de bateria ao vivo, que podiam durar mais de 30 minutos.

O estilo de Bonham era caracterizado por sua pegada forte e uso inventivo de ritmos sincopados. Ele também era conhecido por sua técnica impecável e uso criativo de pratos e tambores de diversos tamanhos. Algumas de suas influências incluem Gene Krupa, Buddy Rich e Max Roach.

John Bonham faleceu tragicamente em 25 de setembro de 1980, aos 32 anos. Sua morte prematura marcou o fim do Led Zeppelin como uma banda ativa. No entanto, seu legado continua vivo, e sua técnica e estilo são estudados e admirados por bateristas de todas as gerações.

Neil Peart – Rush

Neil Ellwood Peart, nascido em 12 de setembro de 1952, em Hamilton, Canadá, foi um talentoso baterista e letrista da banda de rock progressivo Rush.

Peart começou a tocar bateria na adolescência e se juntou ao Rush em 1974, após a saída do baterista original, John Rutsey. Rapidamente, ele se tornou a força criativa por trás das letras da banda e um dos bateristas mais influentes de sua época.

Antes de se juntar ao Rush, Neil Peart trabalhou como vendedor de peças de automóveis em sua cidade natal, St. Catharines, Ontário. Ele começou a tocar bateria com 13 anos e, depois de se mudar para Londres aos 18, trabalhou como músico de sessão e tocou em várias bandas. Quando se juntou ao Rush, Peart rapidamente se tornou um membro-chave da banda, contribuindo não apenas com suas habilidades na bateria, mas também como letrista.

O estilo de Peart evoluiu ao longo dos anos. No início de sua carreira, ele era conhecido por seu estilo mais agressivo e orientado ao rock, enquanto mais tarde passou a incorporar influências do jazz e da música do mundo. Sua habilidade técnica e seu uso de diversos instrumentos de percussão o ajudaram a criar uma identidade única como baterista.

Durante sua carreira no Rush, Peart foi responsável por algumas das mais complexas e impressionantes performances na bateria, como “Tom Sawyer”, “YYZ” e “La Villa Strangiato”. Além disso, ele escreveu as letras de muitas das músicas do Rush, abordando temas como filosofia, ciência, literatura e questões sociais.

Neil Peart era conhecido por sua técnica complexa, precisão e habilidade de tocar em tempos ímpares. Ele também era famoso por seu enorme kit de bateria, que incluía uma grande variedade de tambores, pratos e instrumentos de percussão. Peart foi fortemente influenciado por bateristas como Keith Moon, Phil Collins e Bill Bruford.

Neil Peart faleceu em 7 de janeiro de 2020, após uma batalha contra o câncer no cérebro. Sua morte foi um grande golpe para o mundo da música, mas sua influência e legado continuam vivos através de inúmeros bateristas que o consideram uma inspiração.

Keith Moon – The Who

Keith John Moon, nascido em 23 de agosto de 1946, em Wembley, Inglaterra, foi o baterista extravagante e imprevisível da icônica banda de rock The Who.

Moon começou a tocar bateria aos 12 anos e entrou para o The Who em 1964, substituindo o baterista Doug Sandom. Ele rapidamente ganhou a reputação de ser um baterista talentoso e selvagem, tanto no palco quanto fora dele.

Antes de ingressar no The Who, Keith Moon tocou em várias bandas locais, como os Escorts e os Beachcombers. Quando se juntou ao The Who, sua personalidade excêntrica e estilo de tocar chamaram a atenção tanto do público quanto da crítica. A banda rapidamente ganhou fama com sucessos como “My Generation”, “Pinball Wizard” e “Won’t Get Fooled Again”.

A energia de Moon no palco era inigualável, e sua técnica de bateria desafiava as convenções da época. Ele frequentemente tocava com uma configuração incomum de tambores e pratos, e suas performances ao vivo eram imprevisíveis e explosivas. Além de seu talento na bateria, Moon também era conhecido por seu comportamento destrutivo, que incluía destruir quartos de hotel e seu próprio kit de bateria no palco. Moon contribuiu para algumas das mais icônicas faixas do The Who, como “Baba O’Riley

O estilo de Keith Moon era caracterizado por sua abordagem caótica e enérgica à bateria, bem como por seu uso de preenchimentos rápidos e complexos. Sua técnica irreverente e sua presença de palco teatral o diferenciavam de outros bateristas de sua época. Moon foi influenciado por bateristas como Gene Krupa e Buddy Rich, mas desenvolveu um estilo único e inimitável.

Keith Moon faleceu em 7 de setembro de 1978, aos 32 anos, após uma overdose acidental de medicamentos. Embora sua carreira tenha sido relativamente curta, Moon deixou um legado duradouro como um dos bateristas mais influentes e inovadores da história do rock. Sua abordagem única e criativa continua a inspirar bateristas em todo o mundo.

John Bonham, Neil Peart e Keith Moon são apenas três exemplos de bateristas lendários que deixaram sua marca na história da música. Cada um deles trouxe uma abordagem única e inovadora à bateria, e seu legado continua a influenciar e inspirar músicos em todo o mundo. Estudar suas vidas, carreiras e técnicas é essencial para qualquer baterista em busca de aperfeiçoamento e inspiração.

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